Comitiva liderada pelo desembargador Renato
Rainha esteve nos canteiros de obras do HCO e de viadutos da Asa Norte.
Uma equipe do Tribunal de Contas do
Distrito Federal (TCDF) percorreu as obras do Hospital Clinico Ortopédico, no
Guará II, e dos viadutos 10 e 11 da Asa Norte. A visita técnica ocorreu na
tarde de sexta-feira (8) e teve o objetivo acompanhar o andamento e vistoriar
os canteiros. Encabeçada pelo desembargador Renato Rainha, a comitiva conheceu
os projetos, ouviu especialistas e observou de perto os serviços.
“Nós vimos que, nesses viadutos, se a
intervenção não ocorresse imediatamente, haveria o risco de um desabamento e não
conseguimos ter ideia de quantas vidas iríamos perder aqui, pois o fluxo de
carros sobre e embaixo deles é muito grande. Dessa forma, o Tribunal de Contas
acompanha e estimula o governo a fazer todas as manutenções nas obras públicas
que precisam ser feitas”, enfatizou o desembarcador Renato Rainha.
Com a terraplanagem concluída, a construção
da unidade hospitalar caminha dentro do cronograma de execução. O HCO vai ser
dividido em quatro blocos interligados, oferecendo 160 leitos, centro
cirúrgico, laboratório de apoio, diagnóstico por imagem e ambulatório. A área
externa contará com anfiteatro, auditório, capela e estacionamento para
funcionários e pacientes. Este hospital será uma referência em ortopedia e
pediatria, atendendo exclusivamente pacientes encaminhados por outras unidades
da rede pública.
Em relação aos viadutos da Asa Norte, após
problemas estruturais identificados durante inspeções que apenas poderiam
ocorrer durante essa interdição dos trechos, o cronograma original precisou ser
revisado e alterado, pois as avarias nas estruturas com cerca de 70 anos
estavam em níveis alarmantes e com risco de colapso.
Viadutos
10 e 11 -
As intervenções começaram em setembro do ano passado, com a fase inicial
envolvendo a demolição de partes comprometidas e a retirada do pavimento
asfáltico dos viadutos. Durante esse processo, foram abertas janelas de
inspeção que permitiram uma análise mais detalhada das estruturas. Os serviços
incluem abertura de fissuras por perfuração do concreto, aplicação de argamassa
epóxi e posterior injeção de resina epóxi em vigas e lajes, visando restaurar e
reforçar a estrutura.
“É importante destacar que se trata de uma
obra dos anos 1950 e 1960, ela foi construída com caixões perdidos, sem acesso
interno adequado para verificação na época. Ao abrir as janelas, foi verificado
que as vigas longarinas estavam rompidas, inclusive com o aço danificado”,
explicou o presidente da Novacap, o engenheiro Fernando Leite.
Por segurança, a empresa antecipou o
escoramento do viaduto, o que causou transtornos no trânsito local, já que as
alças ainda não estavam prontas para receber o desvio de veículos.
Por essa razão, um novo projeto de reforço
estrutural foi apresentado e já aprovado pela equipe técnica. No momento, está
em fase de análise de aprovação do aditivo, com previsão de assinatura para os
próximos 15 dias, quando serão autorizados os demais serviços para a
finalização da obra. As estruturas estão passando por um processo de
modernização para suportar o tráfego de caminhões de até 45 toneladas, em vez
do limite antigo de 36 toneladas.
Vale ressaltar que a obra tem sido
realizada em área de difícil acesso, o que exige procedimentos técnicos
específicos e pode dar a impressão de paralisação para quem passa pelo local, o
que não ocorre. Nesta fase, os trabalhos estão sendo realizados de forma manual
e artesanal, no reparo das fissuras e das vigas longarinas, por isso não há
movimento de máquinas pesadas na obra, para evitar qualquer tipo de vibração na
estrutura.
As atividades são realizadas de segunda a sábado, das 7h às 17h. Para minimizar os impactos no tráfego, foram implantados desvios provisórios nas faixas de gramado lateral, reduzindo de três para duas as faixas de rolamento em cada sentido.