A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados
aprovou projeto que institui a Política Nacional de Atenção aos Distúrbios do
Sono no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é promover a conscientização
sobre os distúrbios, a prevenção e o tratamento deles.
Entre
as diretrizes da política, estão:
01 - garantir acesso
universal e equânime aos serviços, cuidados e equipamentos de saúde;
02 - promover a
criação de centros de referência para o diagnóstico e tratamento das doenças do
sono;
03 - estimular a
educação continuada dos profissionais de saúde;
04 - desenvolver e
estimular estudos sobre os diversos aspectos de distúrbios do sono; e
05 - estabelecer
instrumentos para avaliação e monitoramento da política.
O texto aprovado é o substitutivo do
relator, deputado Célio Silveira (MDB-GO), ao Projeto de Lei 3715/21, do
deputado Hildo Rocha (MDB-MA), e ao apensado (PL 496/24). A proposta original
inclui os exames de polissonografia e poligrafia no Sistema Único de Saúde para
diagnosticar distúrbios do sono. O exame já é oferecido pelo SUS por meio de
portaria, mas o autor entende que o acesso ao exame deveria estar explicitado
na lei.
O parecer aprovado não faz menção aos dois
exames, optando por priorizar a implementação, pelo País, de centros de
referência sobre os distúrbios do sono.
O relator explicou que, embora o SUS
realize o principal exame para diagnosticar as alterações no sono – em 2023,
foram feitas aproximadamente 23 mil polissonografias na rede pública –, as
atividades estão dispersas.
“Os dados revelaram a existência de 50
centros de sono, a maioria concentrados no Sudeste (22 unidades), seguido pelo
Nordeste com 10 centros, Sul com 8, Centro-Oeste com 4 e Norte com 3”, afirma o
relator. “No entanto, 10 estados não possuem centro mapeado para o diagnóstico
ou tratamento de distúrbios do sono pelo SUS”, disse Célio Silveira, citando
dados do Projeto Hermes Brasil.
Silveira destacou que “os distúrbios de
sono são condições crônicas altamente prevalentes na população brasileira”, e
as estimativas são de que mais de 70% dos habitantes sofrem de algum problema
ligado ao sono, principalmente a insônia.
Próximos
passos
- A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas
comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado Federal.
Fonte: Agência Câmara