A
Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em sessão extraordinária
híbrida realizada na quinta-feira (03/07), a prorrogação do estado de
calamidade financeira em Goiânia por mais seis meses. O decreto permite que a
prefeitura mantenha medidas de ajuste fiscal até dezembro de 2025. Foram 30
votos favoráveis, 7 contrários e duas ausências, em uma votação marcada por
intensos debates.
Na véspera
da votação, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) ligou para deputados
estaduais em busca de apoio. Declarou que chegou a “suplicar” pela aprovação e
afirmou que os parlamentares se mostraram sensíveis ao apelo. Mabel também
sugeriu condicionar apoio eleitoral em 2026 aos deputados que aprovassem o
projeto, o que gerou desconforto nos bastidores.
Com a
renovação, a prefeitura poderá continuar com a suspensão de metas da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), renegociar dívidas e reestruturar contratos. A
justificativa da administração municipal se baseia em dificuldades na
capacidade de pagamento, aumento das dívidas e desequilíbrio orçamentário.
Sete deputados votaram contra o projeto: Antônio Gomide (PT), Clécio Alves (Republicanos), Gustavo Senna (PSDB), Issy Quinan (MDB), José Machado (PSDB), Major Araújo (PL) e Mauro Rubem (PT). Bia de Lima (PT) e Delegado Eduardo Prado (PL) não compareceram à sessão.