Os vereadores da Câmara Municipal de
Valparaíso de Goiás apresentaram a Emendas Modificativas aos Projetos de Lei
Complementar nº 68 e 69, de autoria do Poder Executivo, que institui o Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e Regime Jurídico Único dos servidores
públicos municipais.
A proposta da emenda modificativa nº 02,
relacionada ao plano de carreira, traz alterações em artigos estratégicos e nas
tabelas salariais do texto original, incluindo a definição de um interstício
mínimo de dois anos para progressão ou promoção, a exigência de cursos e
avaliações com garantia de ampla defesa, além da abertura dos processos de
progressão conforme conveniência da Secretaria de Administração,
desvinculando-os de uma data fixa. A emenda também delimita a função de
vice-diretor a escolas com mais de 500 alunos, autoriza ampliação ou redução de
carga horária mediante critérios da Secretaria de Educação, e amplia o
reconhecimento de profissionais do magistério que atuam em diferentes frentes
da rede municipal.
Outro ponto de destaque é a correção das
tabelas de vencimentos para diferentes carreiras, além da previsão de
gratificações específicas por função, como direção escolar, coordenação
pedagógica e atendimento educacional especializado (AEE). A emenda também prevê
compensação salarial, por meio de VPNI, para servidores que venham a ter perdas
com a nova estrutura, a ser absorvida gradualmente.
Já a proposta da emenda modificativa nº 03,
sobre o Regime Jurídico Único, se apresenta com foco na valorização do
funcionalismo e na garantia de direitos. Entre as principais mudanças estão a
redução do tempo mínimo para progressão na carreira de três para dois anos, a exigência
de parecer fundamentado e direito a recurso em avaliações de desempenho, além
da inclusão de novos direitos como licença-paternidade e recesso de 15 dias
para profissionais da educação.
Outro ponto relevante é a regulamentação da
licença-prêmio, que passa a ter prazo de até cinco anos para ser usufruída, sob
pena de conversão em pecúnia. A emenda ainda transforma o adicional por tempo
de serviço em valor fixo para quem já o recebe, vedando sua concessão a novos
servidores.
As mudanças propostas foram aprovadas em primeira votação, e estão previstas para entrar em vigor em 2026, caso sancionadas.