A uma semana da nova eleição da CBF para a
decisão do novo presidente, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, o
presidente Samir Xaud (da Federação de Roraima) reúne apoio de 23 das 27
federações estaduais. Portanto, será o único candidato e, consequentemente, o
próximo mandatário.
Curiosamente, o médico roraimense está à
frente de uma instituição pela primeira vez e chegou ao patamar depois da saída
de seu pai, Zeca Xaud, prestes a completar 40 anos na FRF. Caso não assuma a
presidência, devido à polêmica de Ednaldo, ele será presidente da Federação da
sua terra natal em 2027.
Diante de tudo isso, a entidade escancara a
falta de democracia e como todos fazem parte do “sistema”. Apesar de apresentar
interessante currículo na área da saúde esportiva, somente daqui dois anos
Samir teria sua experiência como o grande responsável de uma organização. E,
literalmente “do nada”, ele assumirá o posto mais importante do futebol brasileiro.
Um completo desconhecido recebe suporte de
praticamente todas as federações sem divulgação oficial por parte delas: assim
como ocorre as várias decisões e divisões das receitas para o esporte no
Brasil, o famoso “por baixo dos panos”.
Assim, o presente tão bagunçado não deve se transformar em um breve futuro transparente e promissor. Resta saber se, pelo menos, as propostas gerais de Samir – CBF responsável “apenas” pelo feminino, profissionalização da arbitragem e melhoria dos gramados – serão efetuadas.