Luziânia sem mandato, condenados e sonhando
acordados: a trupe dos derrotados em Luziânia O velho ditado já dizia: quem
fala demais dá bom dia a cavalo. Em Luziânia, parece que alguns ex-candidatos
levaram o ensinamento ao pé da letra — e ainda entregaram as rédeas para a
Justiça.
Waltinho (PL) e Ana Lúcia (PSDB), ex-aspirantes
ao comando da Prefeitura, saíram da eleição de 2024 carregando não apenas
votações pífias, mas também um saldo generoso de processos judiciais. Para
piorar, a tucana precisou encarar a Justiça Criminal, enquanto o colega de
infortúnio teve que se dobrar às determinações da Justiça Eleitoral. E não para
por aí: Sargento Póvoa, ex-candidato a vereador, completa o trio com seu
currículo de fake news e ataques ao prefeito reeleito Diego Sorgatto (UB) —
chegando até a usar site falso da revista IstoÉ para disparar sua artilharia.
O enredo é digno de tragicomédia:
derrotados nas urnas e humilhados nos tribunais, esses personagens apostaram na
velha política do ódio e dos ataques pessoais — e perderam. Conseguiram
percentuais inexpressivos nas urnas, não elegeram sequer um vereador aliado e
ainda colecionaram condenações, indenizações e retratações públicas.
Ana Lúcia, que se apresentava como paladina
da moralidade, acabou condenada à prisão por crime contra a honra. No
ostracismo político, hoje coleciona críticas até de antigos aliados e resolveu
jogar a toalha. Já Waltinho e Póvoa seguem tentando sobreviver nas redes
sociais, agora prometendo uma improvável candidatura à Assembleia Legislativa
de Goiás em 2026. Será?
A verdade é que, se a política exigisse um
mínimo de autocrítica, talvez os sonhos eleitorais desse grupo se limitassem à
disputa pela sindicância de algum prédio — e olhe lá. Para quem já errou o alvo
com tanta força, talvez seja hora de pendurar as esporas e aceitar que, em
Luziânia, a política pede mais que gritos, arroubos justiceiros e bravatas.
Porque, no fim, a lição é simples: peixe
morre pela boca. E político tolo também.